Multicloud: 8 passos para implementar uma estratégia eficaz e otimizada para cada workload

19 de ago. de 2025

Adoção de nuvem, por si só, já não é um diferencial. Em 2025, a vantagem competitiva está em distribuir cargas de trabalho entre provedores de forma consciente, com critérios de desempenho, segurança, compliance e custo. É aqui que a estratégia multicloud deixa de ser um jargão e vira prática: selecionar, para cada workload, o ambiente de nuvem que melhor atende ao objetivo daquele serviço, reduzindo riscos e elevando eficiência operacional. Em linguagem simples, multicloud é operar mais de um provedor ao mesmo tempo e fazer isso com governança.

Ao contrário de um modelo single-cloud, multicloud permite combinar pontos fortes de cada oferta (dados e IA, integração corporativa, cobertura regional, custos), além de mitigar indisponibilidades e riscos de concentração. Boas práticas independentes ressaltam benefícios e limites com objetividade, como evitar lock-in e ganhar flexibilidade para posicionar aplicações sensíveis em regiões adequadas.

A tendência também aparece em levantamentos de mercado: empresas vêm migrando de infra single-cloud para multicloud/híbrida por motivos de soberania de dados, governança e custo total. Um recorte recente no Reino Unido aponta 29% já em multicloud e 31% em híbrida, com 60% buscando ativamente alternativas para reduzir dependência de um único provedor, reforçando que diversidade de nuvens é pauta executiva — não moda passageira.

A seguir, apresentamos 8 passos para sair do discurso e construir uma multicloud por workload, no padrão de governança e compromisso com resultados que a Tecnocomp defende.


  1. Mapeie workloads e objetivos de negócio

Comece pelo inventário do que roda hoje e do que precisa nascer em nuvem: latência exigida, janelas de manutenção, requisitos de GPU/IA, volumes de dados, dependências legadas, exigências regulatórias, metas de custo e SLA. Esse mapeamento orienta o “fit for purpose”: analytics com forte uso de dados pode se beneficiar de serviços específicos; sistemas corporativos integrados a AD/ERP pedem outro ecossistema; dados sensíveis exigem regiões e controles adequados.


  1. Defina critérios objetivos para “nuvem certa, workload certo”

Com o inventário em mãos, padronize a seleção:

  • Desempenho e dados/IA (catálogos, pipelines, MLOps, GPUs).

  • Integrações e ecossistema corporativo (identidade, colaboração, ERPs).

  • Soberania e latência (regiões locais, zonas e conectividade).

  • Modelo de custos (on-demand, reservadas, spot/preemptivas, egress).

  • Resiliência e continuidade (replicação multi-região/multicloud, RTO/RPO).

Multicloud bem-sucedida não é “encaixar tudo em qualquer nuvem”, mas alinhar o serviço ao ambiente adequado e orquestrar o conjunto.


  1. Projete resiliência e continuidade entre provedores

Multicloud só entrega valor quando há interoperabilidade e planejamento de continuidade: DNS inteligente, replicação de dados entre regiões e nuvens, esteiras de failover automatizadas e testes regulares. Uma visão editorial do mercado brasileiro resume: multicloud distribui cargas por múltiplos provedores para ganhar flexibilidade e reduzir risco — enquanto híbrido combina modos de implantação — distinção útil para discutir arquitetura com o board.

Além disso, a camada de dados merece desenho por “classes” (dados críticos x operacionais x históricos), cada qual com políticas de proteção, redundância e desempenho — recomendação prática destacada em análises recentes.


  1. Trate FinOps como disciplina

Sem FinOps, multicloud vira multi-contas. Pesquisas apontam que entre 28% e 32% do gasto em nuvem é desperdiçado quando falta visibilidade, política de desligamento/hibernação, dimensionamento correto e contratos adequados. O número varia por setor, mas a ordem de grandeza permanece como alerta para governança.

Ferramentas e rotinas que centralizam visibilidade de custo, automatizam rightsizing e aplicam políticas por tag tendem a capturar ganhos. Estudos indicam benefícios financeiros com governança multicloud e automação: ROI de até 425% em três anos e US$ 3,73 milhões/ano em ganhos médios por organização.


  1. Padronize segurança e identidade entre nuvens

Mais nuvens, mais superfície de ataque. O caminho é padronizar IAM (MFA, mínimos privilégios, provisionamento por ciclo de vida), gestão de chaves e criptografia, postura Zero Trust e políticas por código. 

No contexto brasileiro, análises reforçam que requisitos regulatórios e de soberania devem pautar decisões de localização e camadas de proteção.


  1. Automatize deploy, políticas e observabilidade

Sem automação, a operação multicloud não escala. A recomendação prática é adotar infraestrutura como código, pipelines CI/CD multicloud, políticas automatizadas (segurança, conformidade, desligamento) e observabilidade full-stack (métricas, logs, traces e experiência digital) desde o primeiro sprint.

Para equipes técnicas, é útil confrontar mitos (ex.: “mover workload livremente” sem fricção) e alinhar expectativas sobre portabilidade real e padrões de dados — um ponto recorrente em discussões.


  1. Comece por PoCs e evolua com ciclos curtos

Multicloud é vivo: preços mudam, serviços amadurecem e requisitos de negócio evoluem. O caminho é pilotar workloads críticos em PoCs controladas, medir latência, custo, disponibilidade e segurança, validar integrações e só então escalar. Especialistas reforçam também a importância de iterar a arquitetura para capturar melhor flexibilidade, resiliência e custo total. 


  1. Faça a gestão por valor

Relatórios destacam ganhos tangíveis quando a arquitetura híbrida/multicloud é bem gerida: redução de até 80% em espaço de racks, corte de 75% de energia e 200 tCO₂/ano evitadas — números que conectam a pauta de infraestrutura à agenda de ESG e ao orçamento. Há também relato de redução de incidentes/downtime com melhorias operacionais e de governança.


Como decidir a nuvem certa para cada workload

Analytics e IA

  • Priorize provedores com ecossistema de dados robusto (ingestão, catálogos, governança) e disponibilidade de GPU com custos previsíveis.

  • Avalie latência para fontes de dados e custos de egress; distribua dados quentes e frios por política de ciclo de vida.

Aplicações corporativas e integrações

  • Workloads fortemente acoplados a identidade corporativa, colaboração e ERP se beneficiam de ecossistemas aderentes a esses serviços; componentes elásticos podem residir em outra nuvem para custo e escala.

  • Mitigue risco de dependência com camadas de integração desacopladas e padrões de dados.

Dados sensíveis e compliance

  • Posicione dados em regiões compatíveis com LGPD/GDPR; avalie nuvem soberana quando aplicável; habilite criptografia gerenciada e rotação de chaves.

  • Boas práticas locais ajudam a estruturar controles por camada de dados.

Edge/latência e continuidade

  • Use regiões locais e avalie failover cross-cloud para serviços críticos; monitore fim-a-fim.

  • Reforce que multicloud não elimina esforço de design — ela exige mais governança.


Erros comuns e como evitar

  • Multicloud por moda. Adote quando houver caso de uso claro: desempenho, resiliência, compliance ou custo.

  • Governança tardia. Defina tagueamento, IAM, criptografia, chaves e políticas de custo antes de escalar.

  • Ferramentas fragmentadas. Simplifique com observabilidade unificada e gestão centralizada (políticas por código).

  • Pressupor portabilidade total. Estabeleça padrões de integração e contratos de dados para reduzir atrito.


Como a Tecnocomp apoia sua jornada multicloud

Adotar multicloud não é só uma tendência — é uma exigência para organizações que buscam eficiência, segurança, inovação e controle de custos. Com abordagem orientada por workload e metas claras, é possível transformar infraestruturas em vantagem competitiva.

Para colocar essa estratégia em prática, a Tecnocomp oferece infraestrutura com personalização, governança e expertise, adequando tecnologia às suas prioridades de negócio. Nossa experiência consolidada com infraestrutura multicloud garante implantação eficiente e com máxima aderência à estratégia organizacional.

Quer desenhar a sua estratégia multicloud baseada em workloads e metas de negócio? Fale com nossos especialistas e leve sua infraestrutura ao próximo nível.

Empresa

Empresa

Sobre a Tecnocomp

Sobre a Tecnocomp

Sobre a Tecnocomp

Sobre a Tecnocomp

Contato

Contato

Contato

Contato

Política de gestão de serviços

Política de gestão de serviços

Política de gestão de serviços

Política de gestão de serviços

Política da qualidade

Política da qualidade

Política da qualidade

Política da qualidade

Carreiras

Carreiras

Carreiras

Carreiras

Empresa

Tecnocomp Tecnologia e Serviços © 2025–2026

Todos Os Direitos Reservados